Andou andou e voltou para o mesmo lugar.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
O que foi esquecido - Conto
Através
de uma estrada sinuosa, em um ônibus o qual não sabia o destino. Não tinha
idéia de onde vinha nem onde estava. Seus pensamentos eram caóticos, buscava as
lembranças de seu passado, mas não encontrava nada. Olhava pela janela e a
paisagem não lhe parecia familiar, desejava que estivesse voltando para casa,
mas algo lhe dizia que não.
Estava muito cansado e
repentinamente caiu novamente em sono profundo.
– Ei você. Acorde, já chegamos
à rodoviária. – disse o motorista do ônibus cutucando seu ombro.
Abriu os olhos com
dificuldade, sua cabeça estava doendo.
– Onde nós estamos? –
perguntou com voz desorientada.
– Em Ribeirão Pires. –
respondeu automaticamente o motorista com uma cara de espanto pela ignorância
do destino do ônibus por parte do passageiro dorminhoco.
– Entendo... De onde eu vim?
Onde eu embarquei nesse ônibus?
– Você embarcou em Porto
Seguro... Você está bem? – questionou ainda mais espantado o motorista.
– Estou sim... – Obrigado. –
disse se levantou e desceu do ônibus.
Se deparou com uma rodoviária
em estilo colonial não muito grande, tudo a sua volta o fazia acreditar que se
tratava de uma cidade turística.
(Será que estou de férias?)
Vagava pelo centro de
uma cidade que não conhecia, mas o encantava. Logo se deparou com uma pequena
praça que de um lado tinha um palco e do outro contava com quiosques de dois
andares também em estilo colonial.
(Que lugar incrível... Tomara que essa lembrança não fuja da minha
mente...)
Foi até o final da
praça e encontrou entrou em um pequeno shopping, olhou as vitrines e logo
chegou a um banco circular do qual era possível assistir a uma televisão que
ficava suspensa. Sentou-se para assistir ao noticiário.
Sua cabeça ainda latejava,
apenas via as imagens distorcidas na tela da TV, o som era quase inaudível. Der
repente viu sua foto surgir na tela.
(Será que estou desaparecido e estão a minha procura?!!!)
Saltou do banco, esticou o
braço para aumentar o volume.
– “A policia continua buscando
Julio Carlos, o homem que assassinou brutalmente a namorada a punhaladas”.
Sentiu seu mundo cair. Uma
bomba explodiu em sua mente disseminando fragmentos de lembranças que abalaram
sua vida.
(Julio Carlos? Esse... Esse é meu nome?!)
Olhou a volta, viu um
policial e saiu correndo em direção ao banheiro. Entrou e se trancou. Sentou-se
na privada, cravou os cotovelos nas coxas e sustentava a cabeça com as mãos.
Imagens de seu passado passavam como relâmpagos vividos em sua retina.
Ele podia ver sua face. O nome
dela era Julia, tinha longos cabelos escuros, olhos castanhos que brilhavam,
brilhavam... Estavam marejados de lagrimas, demonstravam pavor.
(Ela está com medo. O que você vai fazer? O que eu fiz?)
Julia estava com as costas
na parede, não tinha para onde correr. As lagrimas já havia começado a escorrer
pela sua face, mas isso não parecia causar compaixão em seu iminente assassino.
– “Você vai ter o que merece!”
– disse Julio se aproximando com um punhal na mão direita.
(Não!
Ela não merece!!! Seu cretino!)
Se contorcia tentando
impedir a si próprio de cometer um ato que acabou com a vida de quem mais amava
e com a sua própria.
– “Pare com isso! Vamos
conversar!!!” – dizia Julia tentando ganhar tempo.
Ele já havia se aproximado o
suficiente, seu braço se elevou, segurando o punhal, ele desceu, ele atingiu o
peito dela. Um grito mortal brotou do fundo de sua alma. Seu braço subia e
descia. Seus gritos eram cada vez mais estridentes, pareciam que estavam
rasgando suas cordas vocais. As punhaladas continuaram, porém os gritos ficaram
mais fracos até que cessaram.
(Eu fiz isso? Eu não mereço viver!)
Não conseguia pensar em
nada. Sua obsessão era tirar sua própria vida dessa vez. Saiu do banheiro e foi
até o policial que estava em uma lanchonete do Shopping. Avançou na arma do
policial que tentou impedir que ele a tomasse, mas conseguiu se contorcer de
forma que sua cabeça ficasse na mira do revólver, seu dedo velozmente se
enveredou até o gatilho e o acionou. Houve um estampido. Podia sentir o gosto
libertador da morte enquanto o metal quente dilacerava seu cérebro.
Lembranças perturbadoras
faiscaram em sua mente nessa fração de segundo.
(Julia não era minha namorada! Ela namorava meu irmão gêmeo! Eu não sou
o Julio, meu nome é Marco! Meu irmão que a matou. Matou porque Julia queria
terminar com ele! Eu a amava e ela também me amava. Ela queria ficar comigo,
ela me prometeu que ia terminar com ele, nós poderíamos ser felizes... Ele não
aceitou. Ele a matou. Não eu! Ele fugiu... Eu também. Fugi da tristeza, mas ela
me acompanhou. Minha mente está se esvaziando, a dor está diminuindo. Eu posso
sentir o cheiro de seu perfume em meio as roseiras. Estou feliz vou te
reencontrar em breve.)
Seu corpo caiu inerte já
sem vida no chão.
Sua alma partiu seguindo o
rastro do perfume de sua amada.
domingo, 13 de janeiro de 2013
SoLua
Ele nasce e espalha o seu brilho por entre os vales mais profundos, e a todo
instante seu ímpeto aumenta, tanto quanto seu brilho, que se torna avassalador
ao meio-dia. Às vezes tem seu brilho interrompido por nuvens que por alguns
instantes o encobrem e roubam o seu calor, mas nada que o abale, pois são suas
filhas e logo voltaram a terra e flutuaram envoltas em seu calor, mas como nada
é para sempre ao entardecer seus raios se tornam cada vez mais horizontais e
menos calorosos, assim como seu brilho se torna avermelhado, sua grandeza se
torna mais visível antes de mergulhar no horizonte, e deixar somente a
lembrança de sua luz no reflexo prateado em meio à escuridão.
Noturnal - Poesia
Noite...
Uma lua pela metade no céu...
A escuridão não era completa. Podia ver sua sombra projetada
no solo. Sua respiração ofegante produzia grande fumaça devido ao frio intenso.
Encolhido em com as mão nos bolsos andava de forma apressada.
Um vento repentino o apanhou e seus passos rápidos se converteram e uma
desabalada corrida.
Nuvens negras cobriram o tênue brilho da lua e a escuridão predominou.
Finas gotas geladas começaram a lhe cortar a pele do rosto misturando-se com
lágrimas salgadas.
Estava aflito. Parecia fugir ou buscar sua salvação...
Mas sua face não deixava duvidas que isso era impossível...
A chuva forte já era acompanhada de relâmpagos e trovões que iluminavam o ermo
caminho que percorria.
Olhou para trás... Viu algo... Seu semblante apavorado ficou paralisado um
segundo... Uma ultima lágrima escorreu de seu olho esquerdo. E um repentino
sorriso doentio se desenhou em sua face...
– Então é assim!!!
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Começando!
Aqui se inicia a existência do blog Neo Literatura. E ele não está aí apenas para ocupar espaço na internet e sim para divulgar a nova classe literária não definidas da atualidade. Sim, está aí para mostrar o que está acontecendo no mundo da literatura mundial, nacional e alternativa. Não exatamente nessa ordem!
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